Nota à Imprensa


OEA e Trend Micro apresentam relatório sobre “Segurança Cibernética e Infraestrutura Crítica nas Américas”

  8 de abril de 2015

A Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), por meio de sua Secretaria de Segurança Multidimensional, e a empresa de segurança de rede de computadores Trend Micro apresentaram hoje o relatório “Segurança Cibernética e Infraestrutura Crítica nas Américas”, que contempla as opiniões de órgãos governamentais e de profissionais de segurança de indústrias-chave nas áreas de comunicações, finanças, manufatura, energia e segurança, sobre a vulnerabilidade cibernética da região.

O Secretário Executivo do Comitê Interamericano contra o Terrorismo (CICTE) da OEA, Neil Klopfenstein, convocou os governantes da região a não baixarem a guarda diante das vulnerabilidades trazidas por novas tecnologias. “Os governos das Américas e ao redor do mundo devem reconhecer as graves vulnerabilidades inerentes às infraestruturas críticas e a possibilidade de sérias consequências se não forem devidamente protegidas”, advertiu Klopfenstein.

O Secretário do CICTE afirmou que a questão da segurança cibernética está presente em todos os aspectos relacionados com a infraestrutura crítica dos países. “Desde as redes elétricas e plantas de tratamento de água, até a exploração de petróleo, fornecimento de combustíveis fósseis e transporte, todos esses sistemas são vitais para praticamente todos os segmentos da sociedade”, evidenciou. “Este relatório reforça a necessidade de continuar o fortalecimento da proteção de infraestruturas críticas em nossos Estados Membros, ao mesmo tempo que destaca a necessidade de colaborar e compartilhar informações, a fim de abordar essas questões em conjunto e promover um ciberespaço seguro e resiliente para governos, empresas e cidadãos da região”, afirmou.

Os resultados do relatório revelam a realidade no tocante aos esforços para afetar negativamente a infraestrutura crítica da região. 44 por cento dos entrevistados relataram ter conhecimento de diferentes tipos de ataques destrutivos, enquanto 40 por cento disseram ter sofrido tentativas de desligamento dos sistemas cibernéticos. O relatório também apresenta casos específicos sobre a segurança cibernética em cada país e análises de ataques cibernéticos e seus métodos, assim como detalha as medidas e políticas atuais de segurança cibernética.

Por sua vez, o chefe de segurança cibernética da Trend Micro, Tom Kellerman, ressaltou a importância do relatório, tendo em vista que alerta as autoridades sobre novos desafios em matéria de segurança. “Esta pesquisa deve servir como um alerta para advertir que as infraestruturas críticas se tornaram um dos principais alvos de criminosos cibernéticos. Esses grupos têm intensificado os ataques a partir do aproveitamento das campanhas destrutivas contra as infraestruturas do Hemisfério Ocidental”, afirmou Kellerman, que também manifestou esperança em relação aos resultados do relatório que poderão servir como catalizador para motivar e incentivar as mudanças necessárias na área de segurança cibernética.

“É um sinal muito positivo e construtivo ver os líderes do governo e da indústria avaliar a gravidade dessa ameaça e expressar um forte desejo em enfrentar o desafio a partir de maiores investimentos e parcerias público-privadas”, acrescentou. Entre outras conclusões, o relatório destaca que ainda falta uma cooperação proativa entre governos e empresas privadas nesta área nas Américas, apesar de todos os Estados Membros terem anuído uma recente declaração do CICTE intitulada “A Proteção da Infraestrutura Crítica antes as Ameaças Emergentes”, em que a parceria público-privada é um dos elementos-chave para melhorar a infraestrutura crítica e a segurança cibernética, e tenham realizados esforços nesse sentido.

Referencia: P-120/15