Discursos

ENRIQUE V. IGLESIAS, PRESIDENTE DEL BANCO INTERAMERICANO DE DESARROLLO Y DEL DIRECTORIO DE LA CORPORACIÓN INTERAMERICANA DE INVERSIONES
ENRIQUE IGLESIAS EN LA CONFERENCIA CÁTEDRA DE LAS AMÉRICAS DE LA ORGANIZACIÓN DE LOS ESTADOS AMERICANOS "LAS AMÉRICAS: DE LA INTEGRACIÓN ECONÓMICA A UNA COOPERACIÓN PLENA". TRADUÇÃO PARA O PORTUGUÊS PROPORCIONADA PELA UNIVERSIDAD DE SAN MARTÍN DE PORRES.

fevereiro 8, 2005 - Washington, DC


Senhor Presidente do Conselho, Senhor Secretário Geral Interino, Senhor Presidente da comissão de assuntos jurídicos, Senhor Reitor, senhores representantes, amigos e amigas aquí presentes e também que nos ouvem e nos vêem pelos meios de comunicação, gostaria de agradecer, uma vez mais, a esta casa pelo convite que muito me honra e cumprimentá-la também por esta iniciativa. Quando soube do que se tratava me pareceu uma excelente idéia ter um diálogo e através dos novos mecanismos de comunicação transmití-lo e projetá-lo para a América Latina. Me parece uma excelente idéia e combina muito com esta casa e faz muito bem a todos nós . Por isso com muito prazer aceitei este convite de transmitir algumas idéias sobre o tema que me pediram que desenvolvesse. Para o Presidente do BID é muito grato estar na OEA. Nós fazemos parte da família desta organização. Nós nascemos sob os seus auspícios e, de certa forma, fomos concebidos nesta mesma casa durante muitos anos. Eu costumo lembrar algo que destacamos como uma pequena história de gestão do Banco quando comemoramos 40 anos. As vezes sabemos pouco sobre tudo isso. Na conferência de 1988-89 foi uma conferência que deu lugar ao longo caminho de criação desta organização mas o que as vezes o que se lembra da conferência de 1989-90 pelo Congresso dos Estados Unidos, como os senhores sabem, houve 3 iniciativas. Uma foi a iniciativa de criação do Mercado Comum, segunda a criação de uma moeda comum e terceira a criação de um Banco. Portanto, junto com esse seguimento da OEA nasceu a idéia do Banco mas, vocês levaram 20 anos, e nós 70, para nascer mas, da mesma forma, nascemos em 59, finalmente. e o fizemos a través de múltiplos encontros que ocorreram no foro da OEA, durante quase 70 anos, em que os projetos se desenvolveram, amadureceram e deram lugar a criação desta instituição com o Presidente Eisenhauer e o Presidente Kubtischek. Portanto, para nós estarmos aquí e poder contribuir com algumas reflexões é fruto da experiência pessoal institucional é algo que nos dá muito prazer. Quando recebi o título da conferêrencia era “As Américas: da Integração Econômica à Cooperação Plena”, a pergunta que me fiz foi de que integração estamos falando? Estamos falando da integração regional, no sentido da América Latina e do Caribe, ou estamos falando de integração hemisférica. Eu creio que este é que deve ser o tema central de discussões na OEA, mas de qualquer forma vale a pena dar este esclarecimento porque o tema cooperação flui por vários canais na história de nossas organizações. Temos o canal regional, no sentido estrito América Latina e Caribe. Temos um canal hemisférico, que deu lugar ao “hemisferismo” se é que esse termo existe e, finalmente, temos a cooperação mundial internacional a través dos foros mundias. Nas três áreas a América Latina é um exemplo realmente de ações muito importantes, as vezes, pouco reconhecidas e valorizadas mas a região tem tido ações sisemáticas importantes no campo da integração regional da América Latina e do Caribe. Está tendo através de muitos anos uma explosão hemisférica e vem tendo uma crescente participação nos foros internacionais. O regionalismo na América Latina nasce com Bolívar e esta foi a primeira chamada à colaboração entre os países das Américas para construir pontos comuns. Devo dizer, com toda a honestidade, que se olharmos para a nossa região entre 180 e 200 anos apesar de conflitos muito dolorosos, esta região na batalha pela a paz não deve nada a ninguém. É a primeira no mundo, e uma região em que tivemos muitos mais anos de paz que de conflitos e viemos construindo tudo isto e esta casa tem sido um ponto focal nisso tudo, mecanismos de cooperação do maior significado. Na década de 50 nasceu um pouco o regionalismo econômico, a CEPAL, sob Previch começou a incorporar o modelo econômico de substituição de importações A idéia de regionalismo nasceu aí, com Raul Previch. Isto foi uma grande visão porque em 52 nasce a semente da integração econômica centroamericana, antes da integração formal européia, do que veio a ser a União Européia. Aquele regionalismo teve como ponto de apoio uma visão de Previch. Em 59 publicou um documento em que falava da limitação do desenvolvimento por compartimentos estanques e como se tinha que passar para uma etapa em que tinha que se ter um processo de ampliação dos mercados, e ele o via naquele momento, como mercados regionais, e nasceu o conceito de regionalismo fechado de alcances limitados na experiência de então, mas foi um passo importante para nos conhecer-nos melhor. O comércio entre as Américas era limitadíssimo, 5% eu acho, mas deu lugar ao início de conhecimento melhor não apenas entre os agentes econômicos públicos mas os privados também, começaram os grandes contatos entre as empresas. Privilégio da idade, eu lembro dos momentos tão esperançados, em 1959, quando falou-se disso em Montévideu. Mas outras coisas deram lugar ao regionalismo, a criação dos Bancos regionais, a criação do Grupo Andino, do Mercado Comum Centroamericano, os esforços de integração na zona do Caribe, este regionalismo inspirado nesta corrente histórica teve uma presença forte nesta primeira etapa de regionalismo fechado. Na década de 90, depois da grande crise econômica das dívidas da década de 80 como começa o processo de reformas na América Latina, quando termina a guerra fria pensar-se-ia que o tema regionalista ficaria um pouco de lado, afastado, mas pelo contrário, o regionalismo assumiu um vigor que ninguém esperava e um novo conceito de desenvolvimento econômico. O regionalismo da década do 90 é produto de uma visão de economia estabilizada com vigência da economia de mercado e uma abertura para o mundo, em que o regionalismo aprofunda os mercados regionais e ao mesmo tempo se abre ao desafio de mercados mais amplos. É importante a contibuição do regionalismo de 57 a 90, houve mais de 162 convênios registrados na OMC, dos quais 138 depois de 90. É uma idéia portanto do vigor do regionalismo, além dos acordos subregionais, mais de 30 acordos subregionais entre grupos de países, como o recente acordo entre o MERCOSUL que marca uma dinâmica de novas iniciativas como a criação do Mercado do Grupo Sul-Americano de Governos, cooperações específicas também ocorreram. O caso da infraestrutura , que é um exemplo dos mais interessantes, temos um IIRSA que afeta fundamentalmente a América do Sul e um plano Puebla Panamá que é uma iniciativa México com istmo centro americano. Temos outras linhas de ação ambiciosas, estamos falando de coisas muito mais profundas, como a coordenação macroeconômica com harmonização tributária, fala-se de coisas que refletem a ampliação deste regionalismo aberto e talvez o passo mais significativo se dá no momento em que América Latina e o Caribe começam a se voltar para o norte e um dos grandes saltos qualitativos deste regionalismo foi o acordo Nafta, México com os Estados Unidos e Canadá, o Acordo do Chile com os Estados Unidos, o Acordo do México e Chile com a União Européia, a recente aprovação do Kafta e as negociações que estão em curso em relação aos grupos de países andinos. De certa forma então este regionalismo começa a abordar outras forças externas à região e este é um outro elemento sobre a mesa, essa transição sempre tem sido ativa neste regionalismo aberto versus fechado. Hemisferismo, como eu disse, é a segunda grande linha no calor da União Panamericana deu mostras de um dos exemplos de cooperação mais amplo que eu conheço os países em desenvolvimento e os países desenvolvimos. Poucas regiões tem o campo de ação que gerou a OEA através dos anos desde a cooperação econômica, social, cooperação política, cooperação em direitos humanos, militar incorporaram-se elementos que são de fato muito avançados na experiencia internacional , clausulas democratica, carta democratica, tudo isso, de alguma forma demonstra uma visão hemisférica que aqui vem ganhado terreno numa gama de posibilidades. Eu me lembro de momentos culminantes, momentos da aliança para o progresso, na qual trabalhei, a empresa das Américas na década de 90-94 o lançamento das Cúpulas Hemisféricas, em fim em prespectiva reconhecemos que de certa forma estamos na presenca de um hemisferismo de grande dinâmica. O último passo importante que fertilizou um pouco as Cúpulas foi a criação de este movimento rumo a ALCA, que é uma iniciativa que está em curso e que esperamos que, de alguma forma, seja envigorada, via consultas entre os co-presidentes e temos um elemento importante também em curso. Outro elemento importante, a Conferência de Havana em que a América Latina teve um papel muito relevante, como teve também através do GATT. A América Latina foi ativa neste Clube básicamente de países industrializados mas de alguma forma o ano 86 marca o início da presença importante da América Latina e do Caribe no debate internacional nos temas comerciais. Neste sentido, a criação, o lançamento da Rodada do Uruguay em 86, que foi até princípios 90, é um passo histórico em que esta região, como tal, como região, assume um papel central na armonização do comércio mundial e suas regras. Cancún o demonstrou, a negociação de Doha também o demontraram. É uma forma de demonstrar que a região assumiu, com os anos, um papel relevante e me parece que o estamos vendo na iniciativa com a cooperação européia , com a cooperação asiática, com a cooperação entre países em desenvovimento encabeçados pelo Presidente Lula é uma projeção internacional que temos também que reconhecer que faz parte dessa trilogia desse triplo caminho pelo qual enveredou a região rumo aos foros internacionais
Quais seriam algumas das conclusões, não temos muito tempo para entrar em detalhes, mas o primeiro interesse da região é aprofundar a integração regional dos países da América Latina e do Caribe entre sí, é importante aprofundar as regras hemisféricas e extra-regionais e é importante que o mundo coloque em ação um novo, uma nova atitude com integração comercial mundial via OMC, mas há relações entre ambas as coisas porque um êxito grande na coordenação no nivel dos países da região é possível ter sua contribuição na facilitação dos acordos tipo ALCA. É possível também que os acordos da rodada de Doha permitam realizar objetivos na ALCA. Portanto, há uma interação que nos permite ver que o tema é bom para a região em termos de atuar em todos os campos e em todas as direções e aprofundar os processos que atuam entre sí. É importante destacar que, de alguma forma, estes acordos que originalmente tinham perfil eminentemente comercial vem demonstrando na prática uma abertura a um conjunto de expectativas e de novas linhas de cooperação que não conheciamos há 20 ou 30 anos e de certa forma vimos três modelos: a cooperação que evolui depois de um acordo comercial , em que começam a aparecer formas de cooperação novas, aquela situação em que junto com cooperação comercial há cooperação em outras linhas de trabalho conjunta entre os países, o caso de acordo com a União Européia ou paralelamente como é o caso da ALCA e de cooperação que se desenvolve sem a presença de acordos comerciais. Acho que o que é importante desse processo de cooperação, no meu entender, é que esses acordos comerciais se constituam no ponto de apoio e as vezes de partida da cooperação em termos econômicos ampliados, políticas macroeconômicas, políticas sociais, condições de trabalho, de meio ambiente, de cultura e de cooperação política com o que poderiamos chegar a exemplos, a CARICOM é um bom ejemplo disto, em que a cooperação eminentemente comercial transcende o comercial para abordar outras áreas e talvez o exemplo mais brillante seja o da União Européia, a Europa de hoje, que parte de acordos comerciais e é tremendamente rica em todas as formas de cooperação e uma delas que é importantíssima é a questão da cooperação social, ponto de partida comercial permitiu então apoio para que instrumentos comerciais levem a outros tipos de objetivos econômicos, políticos, sociais e culturais que são os que formam uma grande contribuição um grande ponto de apoio ao que chamariamos de cooperação ampliada . Eu creio que é muito importante que tenhamos isto como tema central, como programas de comércio são pontos de partida de qualquer cooperação ampliada para que se possa trabalhar nos anos vindouros em qualquer das frentes que mencionei antes. Estamos na presença, portanto, de grandes dias de cooperação desde fenômenos que permitem como partir do comercial puro se expande a uma cooperação plena como é o título da conferência. É um tema um pouco ambicioso porque a cooperação plena parece que envolve a cooperação política. Eu preferiria cooperação ampliada mas por hoje é isso que temos. Quando eu vejo os instrumentos de cooperação eu me pergunto quais são hoje, em 2005, os grandes choques na América Latina nos seus programas de Desenvolvimento Econômico que deveriam talvez formar a plataforma sobre a qual debe expedir novas formas de cooperação e apoio que podem proporcionar.
Eu destaquei quatro ou cinco áreas que me parecem que, do ponto de vista do Banco e do nosso contato permantente com os governos, nos parecem muito importantes destacar como coisas que se apresentam, no início desta década, como grandes oportunidades e desafios para a América Latina . A primeira questão é o avanço da globalização, é um fato tão discutido., tão conversado, mas temos uma reagião que enfrenta os fenômenos da globalização comercial financeira que nos deu muito trabalho, nesses últimos anos, porque nos superou em termos de complexidade, não estavamos preparados para enfrentar esta complexidade de correntes de capital. A globalização em matéria de investimento setores altamente competitivos estão juntos e a própria globalização da empresa em que a América Latina começa a entender o conceito de empresa global, é um conceito que a mim impressiona muito pelo desafio que representa para a região. O tema da globalização, nossa inserção dinâmica nesse processo. Temos que aproveitar a oportundiade mas temos que reconhecer que tem imensos riscos.
A segunda frente, que a mim me parece importantísima, é a mudança violenta da geografia econômica do mundo . Temos que destacar aquí o impulso asiático principalmente o fenômeno chinês . Hoje para nós é um referente devido as experiências que tem tido, uma oportunidade, o que nos abre as portas para a exportação de matérias primas e um desafio porque constitui-se num formidável concorrente. Nós dissemos que o fenômeno da China e indiano era a mesma coisa que colocar um segundo andar no mundo, em dois anos esse segundo andar é um desafio muito grande nesses três níveis é um referente porque temos que entender o que ocorreu nesta região para um país como a China e a India. Tinham problemas seríssimos de pobreza há pouquíssimos anos e a China acabou convertendo-se num grande importador de matérias primas e de commodities. Este tema de alguma forma para mim é muito importante porque creio que talvez esteja se abrindo à América Latina uma nova oportunidade histórica que a revalorização das materias primas pela entrada macissa desses consumidores que se duplicaram praticamente em poucos anos o número de pessoas que consomem. Então é uma grande oportunidade mas também temos outro aspecto, ou seja alguns países oferecem uma concorrência formidável enfrentam a concorrência de um país tão grande e tão competitivo. Então a mudança aí é o que nos interessa e é muito importante. O segundo é a questão tecnológica e a tecnología da informação inclusive e aí devemos reconhecer e, algo que me preocupa muito, a América Latina tem uma debilidade estrutural fenomenal em matéria tecnológica. Estamos ficando perigosamente atrás do mundo nesse assunto. Por isso nós agora estamos edificando no Banco um Fundo para o Desenvolvimento da Inovação tecnologica importante e que o Governo da Coréia nos forneceu, que entrou ao Banco agora e juntamente com isso criou-se um departamento especial para este tema em que a educação superior e a tecnología estão unidos numa frente que eu acho que hoje em dia cinstitui um enorme desafio para a região. Se a região não fizer um esforço consciente e deliberado com forte apoio político com vistas a melhorar a qualidade de seus recursos humanos e sua capacidade de pesquisa e inovação tecnológica, eu temo que estaremos no último vagão do trem da história e isso seria grave para esta região que tanto pode fazer neste campo e que está fazendo pouco a pouco em termos cuantitativos. Tudo isso nos leva a um quarto desafio que me parece da maior importância ou seja o desafio da competitividade que reune todo o anterior. Essa região que tem diante de sí um problema muito serio de crescimento precisa ver mundo e para ver mundo precisa saber que estamos jogando a vida nessa competitividade e que no mundo do futuro e no mundo do futuro quem não compete não sobrevive e que América Latina pelo contrário não poderá estar vivendo apenas das exportações de matérias primas porque isso nos dá produção de divisas mas não dá emprego portanto a tarefa é competir melhorando a qualidade de nossas exportações. Digas-se de passagem já se fez coisas muito importantes na região, por exemplo para a zona agrícola realmente foi da maior importância, mas esse é um tema de competitividade e desafio de importância. Eu acho que como poderiamos pedir a cooperação entre essas vertentes que apoiem esses novos elementos que estão sobre a mesa regional. Bem, primeiro precisamos o que diz a cooperação ampliada o apoio aos esforços de competitividade, aí o tema de infra-estrutura, como o tema do comércio e integração costituem elementos importantes. As Cúpulas disseram com muita clareza tudo isto que estou dizendo e esta contido de alguma forma nas Cúpulas. Acho que o tema da infra-estrutura, hoje, é uma região que precisa investir 70 bilhões de dólares ao ano em energia, transportes, comunicações e agua. É um desafio formidável, aí creio eu que há um tema da maior significação, e segundo o que disse anteriormente a necessidade fazer mecanismos de cooperação ampliada intensa em matéria de educação superior e inovação tecnológica, não podemos deixar de pedir a cooperação com esta linha de atividade. Preocupa-nos a outra linha que é o desenvolvimento do mercado de capitais com grandes dificultades nos últimos anos tem sido a baixa poupança e o pouco desenvolvimemnto do mercado de capitais na América Latina. E eu acho que aí temos também uma alternativa que deve receber prioridade porque é fundamental para que a região possa defender-se melhor na sua oganização financeira elementar com recursos gerados por sua própria capacidade de poupança no mercado de capitais dinâmicos e crescentes.
Uma quarta linha é como pode essa cooperação também continuar apoiando o desenvolvimento politico. Nesse sentido a OEA está desenvolvendo uma enorme tarefa muito importante, acho eu que essa organização esteja ciente e assuma isso como vem fazendo com uma enorme prioridade Eu mencionaria também algo porque está muito em consonância com os programas trágicos que vimos hoje. O tema da cooperação em desastres naturais precisamos encará-lo com maior intensidade do que agora. Eu acho que o estamos fazendo, quando há um desastre a cooperação regional e mundial se movimenta mas é um tema que vem ficando demasiado pesado para muitos países, no Caribe, na América Central e no Grupo Andino e vale a pena que isto forme parte de uma agenda priorizada da cooperação ampliada. Esses temas foram mencionados já mas eu estou dando um pouco do que eu considero que está um pouco na primeira linha, na linha de frente da agenda de cooperação ampliada, como aquí sugere o título desta reunião. Como? Como fazê-lo? Como podemos de alguma forma potenciar essa cooperação ampliada?. As Cúpulas, como eu disse, deram resposta a tudo isso Como sermos viáveis quanto a estes objetivos? Bem, primeiro eu vou insistir na tese central que eu quero deixar com os senhores aquí, que mencionei anteriormente. Eu creio que os acordos de comércio são um ponto de apoio muito importante para essa cooperação ampliada. Isso foi demonstrado por todas as aspirações que temos e tal vez a mais decisiva é a européia, onde de alguma forma essa cooperação ampliada é o veículo. Esses acordos comerciais são os veículos que nos permitem ampliar a cooperação e fundamentalmente estabelecer mecanismos de disciplina. Nós vimos como esses mecanismos de comércio devidamente necgociados, claro, é o caso das relações com os Estados Unidos Canadá, Europa, tudo isso tem um profundo sentido de ancorar as decisões políticas com planteamentos macroeconômicos e ampliar oportunidades para ampliar essa cooperação em linhas cada vez crescentes para mim e para o pessoal do Banco. É uma convicção profunda que temos e podemos observar sistemáticamente o comportamento desse tema em outros casos. Uma segunda resposta ao como é que essa cooperação ampliada não irá funcionar se a agenda doméstica não estiver presente com respostas adecuadas e uma respostra adecuada é enfrentar o problema social da região, a pobreza, como distribuição da renda, e exclusão e desemprego Por isso de alguma maneira juntamente com cuidar de essa frente de cooperação internacional e ancorada em acordos de cooperação fundamentalmente , a idéia de ter uma agenda doméstica que comece a priorizar estes temas será muito difícil, a menos que tenha será muito difícil uma cooperação ampliada em esquemas de adiamento das solucões sociais como as de América Latina e Caribe. Hoje em dia então acho importante reconhecer, uma vez mais, que o problema da pobreza é essencialmente um problema doméstico com o qual a cooperação internacional pode cooperar se realmente obtivermos acesso aos mercados e uma queda do proteccionismo que corta de manera tão violenta as rendas recebidas por nossos países particularmente os setores pobres dos países. Mas não nos esqueçamos que a agenda da pobreza é uma agenda de políticas nacionais fundamentais. E o mundo internacional e a cooperação precisam compreender que a melhor maneira que podem cooperar para um veículo mais efetivo é abrir oportunidades comerciais, acesso a mercados e queda do proteccionismo agrícola que todos conhecemos. Esse é o primeiro tema da agenda doméstica, e o segundo tema da agenda doméstica nesse ponto, para mim, é procurar entender que abrir-se ao mundo, mecanismo de integração em todas as frentes implica em se preparar implica certamente em negociar bem e é preciso ajudar os países a que tenham capacidade para negociar mas implica também de maneira muito importante em fazer reformas estruturais para tal abertura. Nós dizemos aos nossos amigos centroamericanos cuidado essa abertura é fundamental para os senhores em muitos aspectos mas é preciso preparar-se porque o tempo que se da para tais ajustes começam hoje. É importante, é fundamental. Nós nesse sentido estamos dando grande prioridade aos ajustes estruturais para a abertura externa, caso contrário poderiamos ter enormes flutuações ficamos com tudo o que existe com os custos que é uma via dupla, vai e vem, importa e exporta, e ficamos sem nada então muitas esperanças hoje e muitas lágrimas depois então. É preciso de alguma maneira procurar entender que este ajuste estrutural é muito importante . Consideramos que esse é um tema muito sério e temos uma experiência pioneira com a Costa Rica trabalhamos há um ano e meio com o país para levar adiante uma cooperação muito grande quanto ao país, porque queremos abordar este tema da cooperação para preparar os países para a abertura externa pois do contrário teremos custos e muito poucos beneficios. Essa é a segunda frente da agenda doméstica no social e na preparação para a abertura . A terceira frente relativa ao como é trabalhar seriamente, serenamente no tema da solidariedade, solidariedade entre os países que podem mais com os que podem menos, em toda gama de países das Américas. Isso significa que de alguma forma devemos reconhecer que há grandes assimetrias entre os países como a que teve Europa, país do mediterrâneo, e houve consciência desse tema e houve compromissos solidários de todos quanto a todos. Eu acho que de alguma forma este é um tema que fica no centro das preocupações isso ocorreu no caso do Mercosul, como no caso das simetrias o presidente Duhalde está tratatanto deste tema com grande destaque mas se vamos entrar na nessa grande vertente no caminho do progresso econômico de justiça social a partir de um projeto de crescente abertura e integração precisamos compreender que isso é do interesse de todos. E portanto a solidariedade dos que podem mais quanto aos que podem menos deve ser um ponto de reflexão para ambos . Eu acho que de alguma forma isso se pode conseguir através de empréstimos e para existimos e existe o Banco Mundial. Eu acho que a cooperação, os fundos de cooperação, de alguma forma, devem ser parte do debate para levarmos adiante o que chamamos de princípio de solidariedade que se manifesta na parte financeira, mas também tem que ter outras partes de alguns outros elementos, mais principalmente no processo de negociação de acordos de livre comércio . A quarta resposta ao como, é a cooperação por incrementos, eu tenho a preocupação de que levados pelo entusiasmo das diversas frentes de cooperação abrimos numerosos objetivos e depois temos muito pouca capacidade de colocá-los em andamento. Eu acho que de alguma forma é importante que na seleção de prioridades trabalhemos fundamentalmente no terreno do possível e não somente no terreno do desejado. Eu digo isso porque as vezes ficamos no campo de frustrações e angústias que eu acho que são ruins para o proprio processo. De modo que uma vez que vão se consolidando as conquistas de poucos objetivos acho que poderemos ir adiante e acho que poderemos dizer de alguma forma avançar com muito maior firmeza e, finalmente, o último ponto do como, é fortalecer as instituições regionais, ocorre muitas vezes que damos mandatos as instituições e não recursos então é muito dificil depois cumprir e de alguma forma nos frustamos todos, os que pediram e os que não podem dar. Então eu acho que é muito importante que estas organizacões tenham certos limites quanto ao que possam fazer e é preciso colocar as coisas no terreno do razoável e do possível talvez a melhor maneira de fortalecer a capacidade de ação dessas organizações
Bem esses são um pouco os comentários que eu queria fazer. Acho que estamos em um momento especial na América Latina de bonança não sei quanto vai durar, mas estamos num período de otimismo cauteloso, estamos começando a crescer novameante e com entorno e ambiente internacional favorável, isto vai durar, certamente temos as incógnita que todos tem mas de todas as formas é um momento para reflexões que talvez o grande capital que adquirimos na América Latina só a quantidade de experiências boas e ruins que tivemos, acho que isso dá margem a certos pontos pacíficos quanto aos quais o debate acho que já está superado pela história e pelos fatos. Certamente um deles são os balanços macroeconômicos que não se pode brincar com a macroeconomia outra é ter mercado eficiente com Estado também eficiente, as duas coisas. Mercado porque esse dá os recursos mas o Estado para que constitua o elemento regulador do mercado de alguma forma e compensar os setores postergados e habilitar para que todos possam participar do processo de mudança e abertura econômica. Eu acho que hoje em dia estamos todos convencidos de que, e o mundo inteiro tem estado convencido e o ex mundo socialista que a China teve que a India tem, países socialistas, não há nehuma dúvida de que o progresso passa pela abertura seletiva inteligente . Nos, três canais em que fomos avançando a gama de oportunidades é muito grande para que possamos mover isso num sentido pragmático que nos permita ir adiante. E Acho que se conseguirmos estabelecer esta abertura ela será uma fonte muito importante dessa cooperação ampliada a qual aspira o título desta conferência .

Muito obrigado