"Empoderar as comunidades indígenas para exercerem seu direito de acesso à justiça e a um ambiente limpo, saudável e sustentável"
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Em junho de 2016, após 17 anos de negociações, a Assembleia Geral da OEA adotou a Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas. O marco histórico reafirmou o compromisso dos Estados membros da OEA de reconhecer, promover e proteger os direitos fundamentais de mais de 70 milhões de povos indígenas do Hemisfério.
A Declaração Americana inclui disposições que abordam a situação particular dos povos indígenas das Américas e afirmam seu direito básico à autodeterminação, educação, saúde, autogestão, prática cultural, terras, territórios e recursos naturais, assim como à igualdade de gênero para as mulheres indígenas, entre outros direitos fundamentais.
Em 2017, a Assembleia Geral aprovou o Plano de Ação para a implementação da Declaração Americana sobre os Direitos dos Povos Indígenas (2017-2021), e em 2018 o Conselho Permanente adotou uma resolução que institui a Semana Interamericana dos Povos Indígenas, com vistas a promover as tradições, as línguas, a história e as contribuições sociais dos povos indígenas das Américas. Desde então, a OEA tem comemorado essa semana por volta do dia 9 de agosto de cada ano para coincidir com a celebração do Dia Internacional dos Povos Indígenas do Mundo.
Nesse sentido, para ressaltar a influência dos povos indígenas na formação de nossas sociedades, a OEA está traçando perfis de figuras de renome histórico que se destacaram em sua contribuição nacional ou hemisférica para as Artes e Cultura, os Esportes, a Política, os Direitos Humanos e a Ciência ou que com o seu trabalho deram uma contribuição significativa para suas nações ou para sua região.
CRISTINA BEATRIZ HERNÁNDEZ HERNÁNDEZ
Local de nascimento: Nahuizalco, Sonsonate, El Salvador
ata de nascimento:
Jovem indígena de 19 anos da comunidade de Sabana San Juan Arriba, Nahuizalco, Sonsonate.
Atualmente estuda Direito e trabalha com crianças e adolescentes a partir de círculos de alfabetização e ensinamentos ancestrais. Já assistiu comunidades indígenas no gerenciamento de cestas de alimentos para famílias de poucos recursos.
Atua na proteção comunitária, fazendo mapas de risco e buscando soluções com as instituições correspondentes a fim de evitar ruptura de taludes, reforçar locais com risco de deslizamentos de terra e fazer campanhas de fumigação.
Promove campanhas de reflorestamento e cultivo de sementes orgânicas, e é portadora do conhecimento de boas práticas ancestrais com a Mãe Terra, evitando o uso de agrotóxicos. É membro da rede de jovens de Sonsonate que buscam soluções integrais para os problemas da comunidade e redescobrem processos adequados de descolonização.
CRISTINA BEATRIZ HERNÁNDEZ HERNÁNDEZ
El Salvador
Vilma Yanira Lisco Patriz
Local de nascimento: El Salvador
Data de nascimento:
Mulher indígena Nahua Pipil, 36 anos, nascida em Nahuizalco, Cantón El Carrizal. Décima filha de 12 irmãos descendentes de falantes de náuatle.
Toda a sua família presta serviços à comunidade de El Carrizal, sendo sua mãe a sua maior influência, por ter fundado a cooperativa agrícola "Despertar Alegre", administrado a aquisição do prédio da igreja católica e conseguido a presença de uma ECO Familiar (Equipe de Saúde Comunitária do Ministério da Saúde) para a comunidade.
Com essa herança, Yanira continuou trabalhando para a comunidade por meio de negociações com organismos internacionais e com o Ministério da Cultura, conseguindo a construção de um parque linear cujo objetivo é respeitar o meio ambiente e permitir a recreação saudável para crianças e mulheres, gerenciando sessões médicas especializadas para idosos e conseguindo apoios em mobiliário para a escola, além de ser peça-chave na gestão da legalização da propriedade da ECO comunitária, bem como na ajuda para os idosos da comunidade, fazendo a entrega de colchões, alimentos e cadeiras de rodas.
Vilma Yanira Lisco Patriz
El Salvador